A Cidade - Quinta, 09 de Fevereiro de 2012
Oposição aperta para acelerar CPI em Ribeirão Preto
André Luiz da Silva quer que Walter Gomes ‘se desdobre’ para agilizar as convocações
Monize Zampieri
O líder do bloco de oposição, André Luiz da Silva (PC do B), deve atrapalhar os planos do vereador Walter Gomes (PR) - que preside a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do IPM (Instituto de Previdência dos Municipiários) - de querer iniciar as investigações no instituto somente após encerrar a CPI da Cohab, que apura suposto desvio de casas populares.
O impasse ocorreu um dia depois da Câmara aprovar a conversão da CEE (Comissão Especial de Estudos) - criada em 2009 para acompanhar e identificar as causas e consequências da situação financeira do IPM - em CPI. A CEE foi instalada após A Cidade divulgar rombo de R$ 1,5 bilhão. Walter defendeu a conversão apesar de a CEE ter se arrastado sem frutos. O superintende do IPM no período e o secretário da Fazenda sequer foram ouvidos.
André Luiz, que integra a CPI do IPM, quer que os trabalhos sejam retomados imediatamente. "Se justificou-se a necessidade de uma CPI, o presidente [Walter Gomes] que se desdobre. Criou-se uma expectativa coletiva de um trabalho aprofundado e imediato", disse o oposicionista, que avalia que a instalação e o cronograma de convocações não ultrapassem uma semana.
Porém, Walter, que acumula a presidência de três CPIs e de sete CEEs - a maioria estagnada -, defende que o adiamento garantiria "coisas bem feitas". "Vou terminar a outra [CPI] primeiro. Não tenho condições de tocar mais uma comissão ao mesmo tempo. Vou conversar com ele [André Luiz] sobre instalar e aguardar", afirmou.
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