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quinta-feira, 24 de abril de 2014
domingo, 13 de abril de 2014
Atingidos pelo Aeroporto Leite Lopes: Pesquisa na rua
Sábado de pesquisa na rua.
Diante da alteração na lei de uso,
ocupação e parcelamento do solo e de intenções da Prefeita Dárcy Vera em
ampliar o Aeroporto Leite Lopes de Ribeirão Preto, fomos para rua conversar com
os moradores que moram próximos ou dentro da área que servirá para fazer a
ampliação do aeroporto e que foi alterada pela última revisão aplicada na lei
municipal de uso, ocupação e parcelamento do solo.
O objetivo da pesquisa era saber se
os moradores da área tem conhecimento de como a ampliação do aeroporto pretende
ser feita e atingirá diretamente suas vidas, e saber se eles tem conhecimento
de que o lugar em que moram passou a ser de uso misto (residencial e comercial)
para uso estritamente industrial.
A pesquisa que elaboramos fez as
seguintes perguntas aos moradores;
- nome;
- endereço;
- você reside dentro da área que
mostra o mapa? Se sim, há quanto tempo?;
- pelo seu conhecimento seu bairro é
para qual uso? (residencial, comercial, misto);
- em relação à ampliação do aeroporto
você é a favor, contra, indiferente?;
- você conhece a lei complementar
2502/2012 que torna estritamente industrial a área?;
- você acha que esta lei pode ajudar,
prejudicar ou é indiferente?;
- você acha que o aeroporto
internacional deve ser feito nesta área, em outra área ou é indiferente?
Novas ações de rua para a pesquisa
serão feitas porque temos conhecimento de que a situação é delicada e precisa
ser muito bem estudada, esclarecida e debatida com a sociedade.
Neste momento não há condições
legais, sociais, ambientais, urbanas e técnicas que permitam a ampliação do
aeroporto Leite Lopes, fazendo-se necessário, então, a construção de um novo
aeroporto em outra área de Ribeirão Preto ou de cidades próximas.
Nem os estudos de impacto ambiental
(EIA) e do risco de impacto ao meio ambiente (RIMA) foram feitos ainda, e,
por determinação legal, nenhuma ampliação na estrutura atual do aeroporto LL
pode ser feita sem esses estudos. Portanto, como esses estudos ainda não
existem qualquer ampliação que se avise, é, além de falaciosa, proibida,
impossível, inviável e contraproducente.
Mas muita gente, infelizmente, ainda
desconhece essas condições que impossibilitam a ampliação. Por isso é tão
necessário e salutar essa iniciativa.
Raquel Montero
O PARQUE PERMANENTE DE EXPOSIÇÕES, os EVENTOS PUTZ e a POLITIQUICE
EVENTO PUTZ – aqui é empregado com o mesmo
sentido no artigo de Arnaldo Jabor e que pode ser resumido na capacidade de
meia dúzia de sem-noção serem explorados por empresários espertos que promovem
eventos, com grave perturbação do
sossego das comunidades do entorno e com
o beneplácito do poder público.
Aquilo que
acontecia nos meandros do judiciário saiu a público. O Ministério Público acionou
a CODERP[i]
com uma Ação Civil Pública na sua
condição de administradora do Parque Permanente de Exposições (onde não existe
nenhuma exposição!).
No dia
09/04/2014 o MP junto com a vigilância sanitária estadual e a municipal,
fizeram uma vistoria no Parque[ii].
É “um descalabro” a situação do Parque, totalmente abandonado pelo poder
público e em reportagem na TV[iii]
ficou constatado algo de muito pior: o Parque Permanente de Exposições (onde não existe nenhuma exposição!) está
mesmo é detonado.
Só
mesmo sem-noção podem pagar os preços dos tais eventos culturais do PUTZ e
conviver com todo este estado de manutenção de sanitários e do lixo por todo o
lado. Talvez estejam bem chapados ou alienados para conviverem com isso e terem
coragem de voltarem para o próximo.
Provavelmente
não só pelo abandono mas também pelo seu mau uso, conforme o promotor avalia,
ressaltando o desvio de finalidade do parque, com a realização de festas particulares
com o agravante de que “este é um espaço público que não dá retorno algum para
a comunidade”.
Essas
festas particulares são aquelas em que toda a comunidade do entorno fica sem
dormir por causa do ruído excessivo que dura a noite toda. Como a frequência é
de classe média e os atingidos são os pobres, é possível que possamos
considerar esse abuso como sendo um conflito de classe.
Ganha o
showbiz, os negócios paralelos e outros tipos de negócios (como talvez o
narconegócio) que conseguem garantir quer um monte de adolescentes sem-noção possam
ficar pulando a noite toda como cabritos.
Ninguém
consegue fazer isso sem uns estimuladores muito específicos.
Diversas
denúncias foram feitas ao Ministério Público através de entidades e
organizações da sociedade civil, dentre elas o Movimento Pro Moradia e
Cidadania e o Movimento Pro Novo Aeroporto e todas foram confirmadas por laudos
técnicos elaborados pela CETESB.
E qual o
valor cobrado pelo Parque para que esses empresários possam arrecadar um gordo
lucro, perturbando o sossego dos trabalhadores que moram no entorno (para eles
e para a administração municipal, pobre é um quase-gente, e que por isso não
tem muitos direitos) perante a fuçanguice pelo lucro?
Simplesmente
uma merreca! E ainda deixam todo o espaço detonado, conforme a reportagem na TV
mostrou.
Todo esse
desenrolar da Ação Civil Pública e a constatação do fato de abandono e
deterioração do Parque mostraram o total menosprezo da administração municipal
com os seus próprios e a qualidade de vida da população quando se trata de
garantir os bons negócios.
E o partido
político que, dizem, é o dono da CODERP tenta resolver todo esse imbróglio
devolvendo a gerência do Parque para a administração municipal.
Um pequeno
parêntesis:
Voltando ao
tema central:
Imaginam
qual foi o comentário da administração municipal para a devolução do
gerenciamento do Parque de Exposições (aquele que não realiza nenhuma exposição!)?
A
preocupação com os shows é assunto dos empreendedores do showbiz e não deveria
ser prioritária para o governo municipal mas sim o bem estar da população que
fica submetida a uma crueldade decibélica.
Com essa
confissão fica muito clara qual é a posição da atual administração pública:
gerar negócios!
Mas essa
“negocite aguda” ainda está infectando as iniciativas da administração publica
porque já está agendada o tal Ribeirão Rodeo Music desde o dia 26 deste mês até
ao dia 3 de Maio, no qual, além de azucrinar a vida dos moradores do entorno,
ainda vão apertar “os treco” dos bois e cavalos provocando dor para que eles
pulem para alegria dos felizes alienados apreciadores do sofrimento animal.
No final do
mês de março, os moradores do entorno já tiveram o presente do PUTZ do
Carnabeirão.
Aqui é
importante relembrar que inicialmente esse tal “evento cultural” era realizado
em vias nobres da cidade, situadas na Zona Sul. Os moradores – a parcela da
classe média que não participava dessa festança cultural, é claro – reclamaram
e expulsaram esse “evento cultural” para o Parque de Exposições.
Para onde?
Para perto dos bairros de trabalhadores. Qual o prejuízo? Parafraseando certo
programa humorístico, pobre é quase gente. Então pode ser perturbado que não
tem problema.
Mas logo
mais o judiciário resolve esse problema e nós também, nas próximas eleições.
[i] CODERP
Companhia de Desenvolvimento de Ribeirão Preto
[ii]
Jornal A Cidade de 10/04/2014
[iii]http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2014/04/mp-notifica-coderp-por-problemas-no-parque-de-exposicoes-de-ribeirao.html
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