Ato por mais reforma agrária
Sábado, 08 de março, aconteceu um importante ato por mais reforma agrária. O ato visou oacampamento Alexandra Kollontai, localizado entre as cidades de Serrana e Serra Azul (SP), que atualmente conta com cerca de 450 famílias e está próximo de completar seis anos de existência.
O acampamento está na fazenda Martinópolis. Esta fazenda, por sua vez, possui uma dívida de cerca de R$ 300 milhões em ICMS, além de débitos trabalhistas e outras dívidas.
No ano passado o Governador Geraldo Alckmin, através da Procuradoria Geral do Estado, se comprometeu a adjudicar a fazenda e destiná-la para a reforma agrária. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e o Instituto de Terras de São Paulo (ITESP), também já manifestaram interesse em regularizar o assentamento.
Soma-se à esses acontecimentos o fato de que no último dia 21 de fevereiro houve uma importante vitória para o movimento quando a juíza do fórum estadual da comarca de Serrana negou o pedido de reintegração de posse em favor do proprietário da área.
O ato do dia 08 de março foi realizado então, para fortalecer a reforma agrária através da defesa do acampamento Alexandra Kollontai. Na seqüência, houve um almoço coletivo.
Na oportunidade foi lembrada a luta do MST por demais terras públicas para fins de reforma agrária, como é o caso das terras das antigas linhas férreas. Hoje essas terras são administradas pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU), e antes pertenciam à antiga Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) que, quando desconstituída, transferiu para a União a administração das terras que abrigavam as linhas férreas e as antigas estações de trem.
As terras públicas estão sendo identificadas através da luta das famílias sem terra. Na nossa região, o Acampamento Vanderley Caixe, no município de Sales de Oliveira, e o Irmã Doroty, no município de Restinga, lutam pela arrecadação dessas áreas para implantação de assentamentos de reforma agrária.
Vários movimentos sociais compareceram no ato para somar, dentre eles o Movimento Pró Moradia e Cidadania, Movimento Pró Novo Aeroporto de Ribeirão e Região e Grupo de Autogestão Habitacional de Ribeirão Preto.
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