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quinta-feira, 27 de junho de 2013

No Brasil as massas alarmam o poder / Informes UMM

21/06/2013 08:14

Ouça o comentário de Ricardo Boechat no dia seguinte aos protestos que levaram 1 milhão às ruas

Acompanhe o comentário de Ricardo Boechat, na manhã desta sexta-feira (21), sobre as manifestações que ocorreram em mais de 100 cidades em todo o país, na noite de ontem.

Ouça a íntegra do comentário.


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No Brasil as massas alarmam o poder
http://www.odiario.info/?p=2919

23.Jun.13 :: Editores

No Brasil a tensão social que se vinha acumulando explodiu, assumindo proporções gigantescas.
A História ensina-nos que os povos, quando a opressão politica e económica ultrapassa determinados limites, tomam as ruas desafiando o poder.
O estopim do protesto popular nas grandes cidades brasileiras foi o aumento do preço (vinte cêntimos) dos transportes públicos. O governo cometeu o erro de reprimir com brutalidade, o que aumentou a contestação. As manifestações ganharam amplitude, adquirindo o carácter de crítica global à política de Dilma Roussef. À indignação provocada pelos gastos milionários com a construção de estádios e outras infra-estruturas para o Campeonato do Mundo de Futebol e as Olimpíadas (o equivalente a 9,4 mil milhões de euros) somaram-se protestos contra a corrupção desenfreada, as privatizações, a carestia, os leilões do petróleo, o projecto de emenda constitucional que reduz os poderes do Ministério Público, a exigência de um serviço digno de saúde pública, de reformas na educação, a demissão do ministro da Fazenda, etc.
A Presidente da Republica, em viagem pela Europa, não comentou os acontecimentos durante dias.
No dia 21, as manifestações, atingiram o auge. Aproximadamente 1.300.000 pessoas saíram às ruas em 75 cidades. No Rio, segundo a polícia, foram 300.000; em São Paulo 200.000.
A direita infiltrou-se. Grupos de provocadores queimaram bandeiras vermelhas, agrediram os representantes de partidos de esquerda, e em Brasília tentaram assaltar o Palácio do Planalto (sede do governo) e o Congresso Nacional, destruindo carros e saqueando estabelecimentos comerciais. Em Ribeirão Preto, o condutor de um veículo investiu contra uma barricada, matando um estudante e ferindo uma dezena de pessoas.
O dólar subiu, os juros não param de aumentar, os preços dos alimentos básicos sobem, a inflação cresce. A máscara da farsa democrática caiu.
Finalmente, na sexta-feira à noite, Dilma dirigiu ao país uma mensagem apaziguadora.
Sem criticar explicitamente o protesto popular, cuja voz diz ouvir, a Presidente, em dez minutos de um discurso populista prometeu ao povo brasileiro tudo o que Lula e ela lhe negaram nos últimos anos: luta sem quartel contra a corrupção, um «grande pacto social com os governadores dos estados» para melhorar os serviços públicos, contratação de milhares de médicos estrangeiros, mais e melhores escolas, uma política agrária diferente, uma redistribuição da riqueza nacional que atenda ao clamor popular dos trabalhadores e dos excluídos.
No fim-de-semana centenas de milhares de pessoas voltaram a sair às ruas. Houve confrontos com a polícia, sobretudo em Belo Horizonte e em Salvador. Mas a grande vaga do protesto popular refluiu. O Movimento «Passe Livre» que mobilizara multidões através das redes sociais, alarmado com os actos de violência esporádicos, informou que não voltaria a convocar manifestações; posteriormente, porém, voltou atrás e esclareceu que não abandona a luta.
O mal-estar social persiste e a contestação à política de Dilma Roussef vai continuar. A sua popularidade caiu para um nível muito baixo.
É imprevisível o rumo da crise nas próximas semanas. No espontaneísmo das grandes manifestações de protesto transpareceu a fragilidade do desafio ao poder.
No Brasil não existe ainda um partido politico com forte implantação entre os trabalhadores capaz de mobilizar as massas para a luta de modo permanente e organizado, identificadas com objectivos concretos de um programa revolucionário.
OS EDITORES DE ODIARIO.INFO

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De: Benedito Barbosa
Enviada em: 25/06/2013 14:27
Para: sepita; dito_cmp@yahoo.com.br; sepita; info mmpt; lgluta; Osmar SILVA BORGES; Ivaneti Araujo; sueliaparecidabatista@hotmail.com; suelilima; Nelson Cruz; Raimundo Bonfim; Ana Navarrete GASPAR GARCIA
Assunto: Enc: Princípio de incêndio na ocupação luta pelo retorno das familias aos andares


pessoal apoio urgente na ocupação do Nelson e da ULC

na madrugada hoje (25/jun)

PRINCÍPIO DE INCÊNDIO NA OCUPAÇÃO MARGARIDA MARIAL ALVES, rua couto magalhães região da Luz, São Paulo
RISCO DE DESPEJO DAS FAMíLIAS

Gente, informe muito importante sobre a ocupação Margarida Marial Alves
ontem por volta das 22hs, após uma briga entre um casal onde o marido estava batendo na mulher, o Nelson precisou pedir a saída do agressor de dentro da ocupação. ocorre que antes de sair, sem fazer alarde, o homem ateou fogo no quarto onde morava com a mulher. quando a mulher agredida retornou ao quarto e viu que estava pegando fogo. houve um princípio de incêndio mas os próprios moradores conseguiram apagar. mas deu tempo de fazer MUITA fumaça e tiveram que evacuar os moradores no meio da noite para a rua, com as crianças e idosos etc… NINGUÉM SE FERIU, graças a Deus. mas o saldo pode ser muito negativo para a ocupação. com o pretexto do incêndio os GCMs e PMs praticamente "tomaram de volta" o prédio não permitindo o retorno das famílias para os andares de cima do prédio, alegando que não estava em condições de "moradia". mas na verdade tipo as 24hs o prédio já estava normal, digo como estava antes… o fogo só fez queimar mesmo o colchão e alguns outros pertences do casal envolvido na briga. mas foi a deixa que a polícia queria para tentar "melar" a ocupação. houve um princípio de tumulto entre GCMs e moradores mas o Nelson interveio e todos se aquietaram. Mas a situação ainda é problemática, a defesa civil foi chamada e todos os moradores receberam colchões e tiveram mesmo de se ajeitarem ali no grande salão térreo. Num primeiro momento a assistente social até estava inclinada a deixar as famílias voltarem para os andares de cima… mas os sacanas da PM e GCMs fingindo se preocupar com o "bem estar das famílias" impediram mesmo o acesso aos andares de cima. Todos foram se acomodando no andar térreo com os colchões que a defesa civil ofereceu. Lá pelas 3hs da manhã o nelson fez uma breve reunião com as famílias e informou que ficou acertado que eles aguardariam até a manhã de hoje para a chegada de um engenheiro da prefeitura para dezer se o prédio estaria em condições de ser habitado. gente, nós já sabemos que o discurso da secretaria de habitação é de que prédio não estava próprio para uso… e precisamos tomar cuidado porque está mais do que claro que eles vão usar esse incidente como gota d'água para se reapropriarem do prédio e tirar o pessoal do imóvel.  Gente, tanto o Nelson quanto eu estamos muito preocupados… acredito que estamos numa situação onde podemos de fato PERDER A OCUPAÇÃO. Queira Deus que não, que tudo fique bem, ou pelo menos como estava antes do incêndio.

GENTE, queria que todos vocês soubessem dessa situação e quem imaginar uma forma de DAR APOIO no sentido de mantermos as famílias dentro da ocupação POR FAVOR se comuniquem com o Nelson ou comigo. vão até a ocupação para ver se o Nelson precisa de apoio em alguma coisa etc… não é justo que coloquem aquelas famílias na rua gente… mas está muito claro que é o que aqueles canalhas de farda, em nome não sei de quem, estão pretendendo fazer. gente eu realmente estou preocupado e sem saber o que vai acontecer. espero que tudo fique bem. talvez o nelson precise de gente para fazer "algum barulho" caso eles tentem de fato retirarem as familhas de lá… acho que devemos ficar atentos caso o nelson precise de gente para alguma manifestação em defesa do pessoal ou coisa assim.  Ainda aguardamos a vistoria pela prefeitura, caso ela seja favorável ao retorno das famílias para os andares de cima e seus respectivos quartos, precisamos de apoio para que tudo ocorra sem maiores problemas, mesmo com a presença da gcm e da pm. Se a vistoria for no sentido de não ser possível o retorno das famílias precisamos de muita mobilização e apoio lá para que nenhum problema maior aconteça. Precisamos nos organizar, realizar atos, pressão e não deixar ninguém desabrigado. Agradecemos todo o apoio que vier.
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