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terça-feira, 18 de junho de 2013

Artigos do Professor Jorge de Azevedo Pires

AINDA MOBILIÁRIO URBANO!

JORGE DE AZEVEDO PIRES* 

Diante da atual reforma em curso no calçadão da área central, a fiação da rede aérea passará ser no subsolo; os novos postes devendo ser ornamentais e utilizados somente como suporte e/ou para compor as luminárias.

Quanto ao piso a ser adotado, teremos que definir tanto o tipo do material a ser empregado, que seja antiderrapante quando molhado, e de resistência adequada para o local que é de movimento intenso.

Além dos postes de iluminação pública, o mobiliário urbano que venha a ser adotado deverá ser adequado e robusto, dele fazendo parte, os bancos de jardim, os recipientes para lixo, cabines telefônicas, bancas de jornais e revistas, quiosques de vendas diversas como flores, selos, tíquetes e passagens, ingressos para espetáculos culturais, totens informativos, pontos e abrigos de ônibus, semáforos, sinalização de piso, placas de sinalização aérea, orientação de trânsito, veículos e pedestres, nomenclatura de logradouros públicos, rampas para deficientes físicos, arborização e paisagismo.

Sabemos que atos de vandalismo ocorrem, cabendo ao poder público, a responsabilidade de prevenindo tais fatos, adotar elementos do mobiliário urbano, cujos projetos atendam a normas e padrões adequados utilizando materiais de comprovada resistência e duradouros, mesmo que exijam maiores dispêndios – lembremo-nos que, via de regra, o barato acaba saindo caro, exigindo maiores gastos para sua manutenção e mesmo, substituição, o que, entretanto, raramente ocorre, deixando os equipamentos degradados.

Para exemplificar, inúmeros bancos de jardim acham-se danificados, por serem frágeis e inadequados, feitos com sarrafos de madeira de dimensões insuficientes, mal fixadas aos pés de ferro fundido, também, frágeis; como bom exemplo, podemos apontar os mais antigos bancos da Praça XV de Novembro, feitos também, com pés de ferro fundido, porém reforçados e pranchas de madeira de dimensões adequadas, todos eles resistindo, apesar da precária manutenção – por que não adota-los como padrão?

Vemos as lixeiras feitas de materiais frágeis e de pequenas dimensões; as rampas nas esquinas, para o acesso de deficientes físicos às calçadas, mal projetadas e danificadas devido a deficiências na execução e na baixa qualidade do material empregado, dificultando ou mesmo inviabilizando seu uso. Por que em cada cruzamento oito rampas quando apenas quatro, nos chanfrados das esquinas seriam suficientes?

 Assim fosse feito, com a mesma verba, duplicaríamos sua quantidade atendendo ao dobro dos cruzamentos da cidade.Sabemos haver um Projeto de Lei do Mobiliário Urbano do Município de Ribeirão Preto, Complementar ao Plano Diretor (Lei Municipal No. 501 de 31 de outubro de 1995), desde 1996, ainda pendente de aprovação.

Antes que seja transformado em lei municipal, deveria merecer acurada análise, evitando que pela falta de adequadas normas técnicas e padrões bem estudados, possam perpetuar soluções de duvidosos resultados como temos visto via de regra ocorrer; não esqueçamos, também, do aspecto e qualidade estética, que, a meu ver muito tem deixado à desejar.Sugerimos ainda, pelo menos, que os técnicos do poder público municipal procurem conhecer soluções encontradas em outras cidades que foram mais felizes que a nossa no trato desta matéria, adaptando-as à nossa realidade.

E, finalizando, por que o poder público não toma a salutar iniciativa de promover concursos públicos de projetos de mobiliário urbano, a mais eficiente e econômica forma de dotarmos Ribeirão Preto da melhor solução nessa matéria?

 Façamos de Ribeirão Preto, uma cidade mais bonita, limpa, aprazível e atraente, não só para nós aqui vivendo, mas, digna de por todos ser visitada! 
*Jorge de Azevedo Pires, é professor voltado ao bem comum, meio ambiente, urbanismo e autor do livro “Pensando Ribeirão Preto: ontem, hoje e amanhã”.

jorpires@uol.com.br  

Ribeirão Preto, 18/06/2013.


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QUANDO TAMANHO É DOCUMENTO!

Jorge de Azevedo Pires*

Aeroportos exigem grandes áreas para futuras ampliações, principalmente para atender a tendência internacional das AEROTRÓPOLIS. Para isso, são necessários, pelo menos 1.700 hectares de área, isto é, dez vezes mais que a área do atual Leite Lopes!
 Pesquisando, verifiquei que no exterior os aeroportos importantes chegam a ter áreas de 12 a 28 vezes maiores que a do Leite Lopes, com pistas de até 4.100 metros!

São empreendimentos que pela sua dimensão e dispêndio, exigem grandes áreas em locais adequados definitivos, além de planejamento prevendo futuras ampliações. Por exemplo, para comportar uma segunda pista para pousos e decolagens simultâneas. Não houvessem outros argumentos, que não é o caso, bastaria este único para inviabilizar  o Leite Lopes a grandes pretensões.

Gastar vultuosas somas em obras de caráter duvidoso, adotar soluções exóticas e caras no sistema viário criando novos problemas, importunar centenas ou milhares de famílias que moram no seu entorno, não parecem ser iniciativas adequadas e de bom senso!

Por que, como temos dito, não reservar o Leite Lopes para o Aeroclube, tornando-o dos melhores do Brasil? Para a aviação particular e executiva? Para helicópteros? Para atividades aeroespaciais? Para inúmeros outros usos para os quais ele bem se presta?

Invejável privilégio seria para Ribeirão Preto e região! Cidades próximas estão pensando grande e agindo!

Acordemos antes que seja tarde!

* Jorge de Azevedo Pires, é professor voltado aos problemas de urbanismo, ao bem comum, e autor do livro “Pensando Ribeirão Preto: ontem, hoje e amanhã”.



Ribeirão Preto, 18/06/2013.

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