Quarta, 16 de Novembro de 2011 - 19h47 ( Atualizado em 17/11/2011 - 00h19 )
Mulher envolve Dárcy em esquema de venda de casas
Suspeita de arrecadar dinheiro para direcionar entrega de imóveis populares diz que prefeita orientou o trabalho
Jucimara de Pauda
Uma mulher suspeita de arrecadar dinheiro para favorecer entrega de casas populares aponta o envolvimento da prefeita Dárcy Vera (PSD) e da irmã dela, Marli da Silva Vera, no esquema de suposta distribuição irregular de residências em conjuntos habitacionais de Ribeirão Preto. Dárcy nega as acusações.
A autônoma Marta Aparecida Mobiglia fez a declaração durante depoimento de duas horas ao delegado Marcelo Velludo, do 4º Distrito Policial, na manhã desta quarta-feira (16) . Na semana passada, ela e a arquiteta Maria Rosa Lopes Ferreira foram autuadas por estelionato após um grupo de pessoas denunciar o esquema de venda de casas populares em Ribeirão.
Marta contou que conheceu a irmã da prefeita, apelidada de "Chaveirinho", durante a campanha eleitoral de 2008. Em 2010, ela teria recebido uma ligação de Marli que perguntava se ela teria disponibilidade de receber documentos e dinheiro. Ao responder afirmativamente, Marli teria passado a ligação para Dárcy Vera, que mandou que ela aguardasse instruções sobre o "trabalho".
Marta contou que conheceu a irmã da prefeita, apelidada de "Chaveirinho", durante a campanha eleitoral de 2008. Em 2010, ela teria recebido uma ligação de Marli que perguntava se ela teria disponibilidade de receber documentos e dinheiro. Ao responder afirmativamente, Marli teria passado a ligação para Dárcy Vera, que mandou que ela aguardasse instruções sobre o "trabalho".
A partir de então, Marta afirmou que recebeu a lista de documentos que deveria pedir às pessoas e começou a receber ligações dos interessados. Primeiro, ela ia até as casas para buscar dinheiro e os documentos, mas, desde junho a entrega passou a ser feita em uma residência do Jardim Irajá. Inicialmente, o valor cobrado era de R$ 1,5 mil, mas desde julho passou a ser R$ 3 mil.
De acordo com ela, um mototaxista buscava semanalmente os valores e os papéis. Pelo trabalho ela diz que recebia R$ 1.800 por mês e que muitas vezes o dinheiro era descontado dos valores pagos pelos interessados na casa. Ela diz que Maria Rosa não sabia do esquema.
Outro lado
A prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (PSD), negou nesta quarta-feira as acusações feitas pela autônoma Marta Aparecida Mobiglia e garante que nunca falou com ninguém por telefone para tratar de distribuição de casas populares.
"Eu posso afirmar com certeza que nunca tratei deste assunto com ninguém e, por isso, faço questão de esclarecer tudo. Minha advogada já ligou para o delegado e se colocou à disposição para os esclarecimentos necessários", diz Dárcy.
"Eu posso afirmar com certeza que nunca tratei deste assunto com ninguém e, por isso, faço questão de esclarecer tudo. Minha advogada já ligou para o delegado e se colocou à disposição para os esclarecimentos necessários", diz Dárcy.
Ela não descarta a possibilidade de as denúncias terem sido feitas neste momento porque a cidade está às vésperas de uma eleição municipal.
"Existe uma má intenção e por trás disso há uma jogada eleitoral. Estou à disposição para prestar depoimentos e esclarecer tudo", afirmou a chefe do Executivo.
"Existe uma má intenção e por trás disso há uma jogada eleitoral. Estou à disposição para prestar depoimentos e esclarecer tudo", afirmou a chefe do Executivo.
Dárcy salienta que tem fitas gravadas com as imagens de todos os sorteios de casas populares feitos pela prefeitura de Ribeirão Preto. Ela deixou as gravações à disposição do Ministério Público e da Polícia Civil.
Ela também afirma que Marli Vera não tem cargo público e que as duas não trabalham juntas. "Se minha irmã conhece ou não, eu não sei. Eu não conheço essas pessoas. Ela (Marli) diz que não conhece e que também não se lembra destas pessoas".
Ela também afirma que Marli Vera não tem cargo público e que as duas não trabalham juntas. "Se minha irmã conhece ou não, eu não sei. Eu não conheço essas pessoas. Ela (Marli) diz que não conhece e que também não se lembra destas pessoas".
Reincidência
Dárcy destaca que essa não é a primeira vez que o nome dela e a prefeitura são usados para aplicar golpes na cidade.
"Usaram meu nome para venda de eventos e o rapaz mandava mensageiro buscar o dinheiro. Também envolveram o meu nome com a venda de atestados médicos falsos. Mas eu estou tranquila e confio na polícia. Tudo vai ser esclarecido." A prefeita também diz que pretende processar Marta Aparecida Mobiglia pelas falsas declarações.
Nesta quarta, o delegado Marcelo Velludo, do 4º Distrito Policial, afirmou que, se for comprovada a participação de pessoas do Executivo no esquema, o caso será investigado pela Delegacia Seccional de Polícia.
Foto: Matheus Urenha / A Cidade
envolvimento
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Quinta, 17 de Novembro de 2011 - 18h05
Câmara de Ribeirão vota CPI da venda de casas nesta noite
Presidente do Legislativo, Nicanor Lopes (PSDB), disse ser favorável que CPI seja instaurada
Da reportagem
A Câmara de Ribeirão Preto deve votar na sessão desta quinta-feira (17) a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o suposto esquema de venda de casas de conjuntos habitacionais.
Por meio de nota, o presidente do Legislativo, Nicanor Lopes (PSDB), disse ser favorável à CPI.
Na semana passada, seria apresentado, inicialmente, um pedido de CEE (Comissão Especial de Estudos), mas os parlamentares apontaram a necessidade da criação de uma CPI devido ao maior poder de investigação.
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02 - Reforma do Código Florestal
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02 - Reforma do Código Florestal
Bom dia Comitês e Núcleos,
Vamos divulgar!
Estamos em um momento crítico. Amanhã, quinta-feira (17/11), deverá ser apresentado na Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal o texto do relator, senador Jorge Viana. Em seguida, o projeto de reforma do Código Florestal seguirá para votações.
E por que devemos nos preocupar com isso?
As mudanças propostas no projeto de reforma do Código Florestal trazem, claramente, prejuízos e impactos para comunidades florestais, rurais e urbanas, ecossistemas, florestas, biodiversidade e para a própria agricultura, que depende de solo, água e clima para ser produtiva. É possível a agricultura aumentar sua produtividade sem que haja novos desmatamentos. Para isso, é preciso investir na recuperação de áreas degradadas.
Não podemos permitir que o projeto de reforma do Código Florestal promova desmatamento, destrua ecossistemas e coloque em risco a integridade de nossas florestas, dos nossos recursos hídricos, com consequências para toda a sociedade brasileira.
Começamos a divulgar hoje um vídeo que mostra de maneira simples - mas contundente - as trágicas consequências do desmatamento para a vida das pessoas, tanto no campo quanto nas cidades.
Gostaríamos de contar com sua ajuda para disseminar esse vídeo para o maior número de pessoas possível, por meio de blogs, link em seus perfis das redes sociais, ou mesmo conversando sobre o assunto em casa, no trabalho e com amigos.
O vídeo está disponível no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=yxTv5yhUacM
Disponibilizamos também materiais de apoio, que podem ser encontrados no link http://www.wwf.org.br/codigoflorestal.
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