Estudo mapeia remoções forçadas em favelas da capital
Segunda, 01 de Outubro de 2012 às 10:22
http://www.seesp.org.br/site/imprensa/noticias/item/3193-estudo-mapeia-remo%C3%A7%C3%B5es-for%C3%A7adas-em-favelas-da-capital.html
De acordo com informações divulgadas pelo Observatório de Remoções, da
FAU/USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo),
atualmente existem na cidade de São Paulo 486 favelas em áreas que coincidem
com projetos da Prefeitura, como as operações urbanas, o Renova SP (urbanização
de favelas), os parques lineares, o Projeto Manancial ou iniciativas do governo
estadual, como o Rodoanel. Segundo os pesquisadores, os moradores de qualquer
um dos núcleos de favela situados em perímetros de intervenção correm elevado
risco de remoção forçada sem que recebam o atendimento adequado do poder
público.
Os dados foram apresentados, no dia 27 último, na Defensoria Pública do
Estado de São Paulo, no Centro. Na ocasião, houve o lançamento do blog http://observatorioderemocoes.blogspot.com.br, que permite o
acesso a um mapeamento de núcleos de favela já removidos, notificados ou em
obras e/ou com projeto definido, sobrepostos aos projetos e intervenções
urbanos em curso ou previstos.
A iniciativa reúne pesquisadores da FAU, do Laboratório do Espaço
Público e Direito à Cidade (LabCidade) e do Laboratório de Habitação e
Assentamentos Humanos (LabHab). O objetivo é tornar público os dados ligados às
remoções forçadas no município diante de um contexto social e político que
abrange a precarização das condições de vida dos removidos, a valorização do
solo urbano (e o acirramento das disputas de terra na cidade), e a ausência de
dados públicos sobre remoções já ocorridas ou previstas para a capital.
“Queremos reunir e cruzar as informações dos movimentos populares, da
defensoria pública, dos pesquisadores e dos projetos do governo para tornar
isso público a fim de que a sociedade veja o que ocorre e possa entender esse
contexto, auxiliando as discussões sobre a política habitacional da cidade”,
disse a pesquisadora Márcia Hirata, pós-doutoranda da FAU, durante a
apresentação do projeto. Para os pesquisadores, é fundamental ter acesso ao
número de remoções ocorridas, quem são as famílias, e para onde, como, quando,
e em quais condições ocorre a remoção.
Invisibilidade
Para o professor Euler Sandeville, coordenador do LabCidade, o Observatório permite, por exemplo, cruzar dados das remoções com informações sobre a valorização imobiliária na cidade. Para o docente, vem ocorrendo um processo de invisibilidade das camadas mais pobres. “A pessoa luta muito para conseguir construir uma casa, depois, quando é removida, precisa construir tudo novamente. Seria interessante que os técnicos responsáveis, ao riscarem os desenhos dos projetos, percebessem que pode haver pessoas ali embaixo gritando”, disse.
Para o professor Euler Sandeville, coordenador do LabCidade, o Observatório permite, por exemplo, cruzar dados das remoções com informações sobre a valorização imobiliária na cidade. Para o docente, vem ocorrendo um processo de invisibilidade das camadas mais pobres. “A pessoa luta muito para conseguir construir uma casa, depois, quando é removida, precisa construir tudo novamente. Seria interessante que os técnicos responsáveis, ao riscarem os desenhos dos projetos, percebessem que pode haver pessoas ali embaixo gritando”, disse.
Já o promotor José Carlos de Freitas lembrou que é vital para a
população afetada receber informações sobre as remoções. “Muitas vezes quando a
sociedade civil questiona o que vai ser feito com as famílias, recebe respostas
evasivas e não se apresenta nada de concreto”, afirmou.
A professora Raquel Rolnik, também coordenadora do LabCidade, comentou
que a iniciativa de criar o Observatório, longe de ser a obtenção de pontos em
uma carreira acadêmica, representa a possibilidade de ajudar na construção e na
transformação da nossa sociedade. “Hoje o Observatório apresenta um mapeamento
das remoções, mas nosso objetivo é transformá-lo em um instrumento de análise
permanente com mais capacidade para incidir na agenda da cidade”, apontou.
Imprensa – SEESP
Informação da Agência USP de Notícias
Informação da Agência USP de Notícias
__________________________________________________________________
ANDRÉ
Marduk
|
|||
|
|||
Data de Entrega
|
Nº Candidato
|
Candidato
|
Partido
|
Visualizar
|
01/09/2012
|
55
|
DÁRCY
DA SILVA VERA
|
PSD
|
|
01/09/2012
|
45
|
ANTONIO
DUARTE NOGUEIRA JUNIOR
|
PSDB
|
|
06/09/2012
|
50
|
EMILSON
ANTONIO MARTINEZ ROVERI
|
PSOL
|
|
02/09/2012
|
16
|
MAURO
DA SILVA INACIO
|
PSTU
|
|
01/09/2012
|
13
|
JOÃO
AGNALDO DONIZETI GANDINI
|
PT
|
|
02/09/2012
|
70
|
FERNANDO
CHIARELLI
|
PT do B
|
____________________________________________________________________________
|
||||
|
Ribeirão Preto
04/10/2012-17h41
Movimento aciona Promotoria
contra apoio de entidade a vereador em Ribeirão Preto
Publicidade
GABRIELA YAMADA
DE RIBEIRÃO PRETO
O Movimento Panelaço, de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), protocolou na tarde desta quinta-feira (4), na Promotoria Eleitoral, uma representação em que questiona o apoio do CPM (Centro do Professorado Municipal) ao presidente da Câmara, Cícero Gomes da Silva (PMDB).
A representação foi feita após reportagem publicada nesta quinta-feira pela Folha sobre o fato de a entidade ter enviado carta aos associados pedindo votos a Cícero.
O vereador, que está há 32 anos no Legislativo, é presidente do conselho deliberativo do CPM e um de seus fundadores.
Especialistas ouvidos pela reportagem afirmaram que o caso se trata de abuso de poder econômico e Cícero pode ter o registro de candidatura impugnado.
De acordo com o professor Jonas Paschoalick, um dos responsáveis pela representação, foram entregues ao promotor Carlos Alberto Ferreira Goulart cópias da carta e da reportagem publicada.
Procurado, o vereador afirmou que irá se manifestar somente após ser notificado.
___________________________________________________________________
ANDRÉ
Marduk
VIOLÊNCIA NA TV
Incomoda-me
o argumento da violência na TV ser "apenas ficção"! Se essa mesma
violência é trazida à realidade, ficamos indignados, revoltados e inseguros.
Mas se a mesma "realidade" se nos apresenta na TV, ah, então é
somente ficção... Isto é subestimar o forte impacto psicológico da violência
sobre a mente. Do ponto de vista psicológico, a violência "é" real,
muito real! Considerando a ausência quase que absoluta de boa estrutura
educativa, o problema é agravado em proporções assustadoras, pois a nossa
"ficção" cria padrões de comportamento, desde coisas fúteis como moda
até a "naturalidade" com que se encara golpes, corrupção e
assassinatos.
Ora, os
video-games são exemplos notórios disto: jovens crescem no mundo inteiro com
valores de matar, matar, matar, dentro de cenários e enredos de requintes de
crueldade. Depois, com a mente e valores em formação afetados por isso e
somados à "naturalidade" do cotidiano retratado em nossas novelas,
será que surpreendem mesmo os desvios de comportamento que resultam em crimes
hediondos? Não é tão natural abrir fogo sobre colegas de escola, tocar fogo em
mendigos e moradores de rua, fazer travestis de alvos de extermínio?
Não
estou, com isto, defendendo a censura, mas registrando aqui a mais absoluta
decadência de nossa civilização. Esses são os valores que "comemos"
no café da manhã, almoço e jantar, com televisões na frente de nossas refeições
em nossas casas e praticamente na totalidade dos estabelecimentos comerciais de
alimentação. É a violência banalizada a extremo.
Defendo a
ideia de que também durante o sono tais conteúdos têm impacto fortíssimo sobre
o inconsciente, muitas vezes criando "ideias fixas" as quais muitas
vezes a própria mente tem dificuldade de se libertar. Isso cria um padrão de
desconforto e insatisfação, quando não de ódio, revolta e medo, que o
consciente dificilmente reconhecerá como "real", pois sua origem
era"apenas ficção"!
"Ah,
mas é apenas ficção", você dirá... Então tá!
Mas a mim
parece mesmo que perdemos por completo a dimensão do sagrado e rumamos para a
nossa autodestruição. Eminente!
Pasmo, e
pasmo com horror diante desse quadro sinistro.
Assim
caminha a humanidade!
Socorro!
Dai-me, Senhor, a Salvação! Agora!
Nenhum comentário:
Postar um comentário