Sábado, 08 de Outubro de 2011 - 00h02
Caminhada
Moradores da extinta Favela da Família, no Jardim Aeroporto, zona Norte de Ribeirão, fazem neste sábado (8) uma caminhada para conscientizar o poder público sobre a necessidade de avançar com os projetos habitacionais. O líder dos sem-teto, Aldair Ribeiro da Silva, disse que a caminhada tem início às 8h. O grupo sairá do aeroporto Leite Lopes com destino ao Palácio Rio Branco. "Durante o percurso, vamos fixar faixas e cartazes para conscientizar a população", diz.
Aldair afirma que, desde a desocupação da Favela da Família em julho numa ação truculenta da PM (Polícia Militar), a comunidade contou apenas com doações da população. "Fizemos várias reuniões na prefeitura e não houve qualquer avanço", diz.
As 230 famílias invadiram terreno particular no início do ano. Depois da desocupação, elas permaneceram numa tenda em um campo de futebol e agora ergueram novos barracos no local.
2 - Favela Santa Rita - - Jornal A Gazeta (11/10/11)
Sábado, 08 de Outubro de 2011 - 00h02
Sem-teto têm 10 dias para deixar área na zona Oeste de Ribeirão
Ao menos 45 famílias ocuparam área verde no Jardim Santa Rita há quase um mês; prefeitura recorreu à Justiça
Wesley Alcântara
Foto: Weber Sian / A Cidade
Ao menos 45 famílias sem-teto que construíram barracos em uma área verde na avenida Cásper Líbero, no Jardim Santa Rita, zona Oeste de Ribeirão Preto, terão de deixar o local em 10 dias. A medida segue determinação Judicial, após a Prefeitura ajuizar ação pedindo a desocupação do local.
A formação da nova favela teve início há um mês em terreno que fica a comunidade Portelinha. O chefe da Fiscalização Geral, Osvaldo Braga, afirma que houve várias tentativas para conseguir a desocupação da área amigavelmente, mas houve resistência.
A administração municipal ajuizou ação para a desocupação. "É um procedimento normal para evitar a formação de novas favelas", explica Braga.
Cerca de 20 famílias já deixaram a área e foram para casas de familiares. Braga afirma que o restante dos sem-teto terá até o dia 18 para sair. "O prazo inicial era até o início da próxima semana, mas pedimos para a Justiça prorrogar mais 10 dias", explica.
Segundo ele, as famílias foram cadastradas por assistentes sociais e podem ser inscritas nos projetos habitacionais.
Sem ter para onde ir
O pedreiro Wellington Rafael Leme do Prado, de 22 anos, diz que estava morando na rua com sua mulher, a doméstica Daniela Ferreira da Silva, 18, quando soube que poderia montar um barraco na área verde. "Vamos ficar aqui até o prazo vencer, porque não temos para onde ir. Nosso futuro será a sarjeta", diz.
Prado montou um cômodo ao lado de uma árvore e até improvisou uma ligação clandestina para ter energia elétrica. Assim, consegue assistir televisão.
A doméstica Maria Aparecida Ferreira, 53, que mora no local, diz que até chegou a reservar um espaço no terreno para erguer um barraco para seus filhos.
Com a ordem judicial para a desocupação, as famílias que não conseguiram ajuda de parentes procuram agora uma nova área para invadir.
03 - Cingapura (SP) - Jornal A Cidade (11/10/11)
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