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sábado, 13 de agosto de 2011

Os vampiros do neoliberalismo - a luta os vencerá

Para quem achar estranha a violência usada na Favela da Familia e outras comunidades, abaixo um texto publicado no jornal Avante! que, embora se refira a Portugal, pode ser extendido também ao resto do mundo.  É uma versão nova de uma canção revolucionária da época salararista intitulada Os Vampiros e onde uma das frases mais significativas era:
 E se alguém se engana com o seu ar sisudo e lhes franqueia as portas à chegada, eles comem tudo e não deixam nada
 Mas o mais importante é: A luta os vencerá
Será que se pode aplicar a Ribeirão?

Roubar é a sua profissão: eles roubam, roubam, roubam…
Roubam todos os dias e a todas as horas; roubam nos dias úteis e nos dias inúteis; roubam nos domingos, nos feriados e nos dias santos; roubam enquanto dormem e roubam quando estão acordados.
Eles roubam, encapotados, congelando salários e reformas, e roubam, sem máscara, subsídios de Natal a trabalhadores e reformados.
Eles roubam, à mão armada, o direito ao emprego aos jovens e roubam, a tiro, aos idosos, o direito à dignidade, condenando-os a reformas de miséria.
Eles roubam, em quadrilha, o direito ao pão a milhões e, sempre em quadrilha, concedem-lhes o direito à caridadezinha ultrajante e anti-humana.
Eles roubam direitos laborais e roubam direitos humanos fundamentais aos cidadãos.
Eles roubam serviços públicos essenciais, roubam o direito à saúde, à educação, à habitação – e roubam o direito à felicidade.
Eles roubam, roubam, roubam…
Eles roubam aos que trabalham e vivem do seu trabalho.
Eles roubam aos que já trabalharam e ganharam, com trabalho, o direito a uma velhice digna.
Eles roubam o emprego aos que querem trabalhar, pondo-lhes à frente espessos muros.
Eles roubam, roubam, roubam…
Eles roubam ao País a sua independência e, rastejantes, levam o roubo à boca dos grandes e poderosos da Europa e do mundo, aos quais lambem as mãos.
Eles roubam Abril – a democracia, a liberdade, a justiça social, a soberania nacional, a Constituição, o futuro – e semeiam sementes do passado que Abril venceu.
Eles roubam, roubam, roubam…
Roubar é a sua profissão.
E, quais robins woods de patas para o ar, roubam aos pobres para dar aos ricos – e enchem, com o roubo, os cofres das grandes famílias, dos exploradores, dos vampiros parasitas.
E se alguém se engana com o seu ar sisudo e lhes franqueia as portas à chegada, eles roubam tudo e não deixam nada.
E pousam em toda a parte: pousam no governo e na presidência da República; pousam nas administrações das grandes empresas públicas e privadas; pousam nos bancos falidos fraudulentamente e nos bancos que, fraudulentamente, levam à falência as pequenas e médias empresas.
Pousam nos prédios

A luta os vencerá.

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