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quinta-feira, 2 de maio de 2013

Evento Putz no Parque de Exposições é suspenso


30/04/2013 AS COMUNIDADES DO ENTORNO DO PARQUE DE EXPOSIÇÕES GANHARAM UMA  NOITE  A  MENOS DE INSÔNIA

Foi uma decisão muito interessante para todas as famílias que moram no entorno do Parque de Exposições, que não promove exposições mas apenas vende, por merreca, o sossego dessas famílias para os empreendedores do showbusiness auferirem gordos lucros:

Sentenças judiciais  impediram a realização do 1º dia de apresentações do Ribeirão Rodeo Music, não apenas no que se refere ao evento barulhento mas também no aspecto de inibição da pratica de maus tratos aos animais.

Quais foram as sentenças?

A primeira, local, por iniciativa do Ministério Público, para garantir que os frequentadores não corressem riscos na sua segurança.

Incrível mas é verdade: o evento iria ocorrer mesmo sem o alvará do Corpo de Bombeiros, se não fosse a decisão judicial que exigiu o cumprimento das normas de segurança, base para a liberação pela prefeitura do Alvará de Funcionamento do evento.

Não faz muito tempo, ocorreu uma tragédia na cidade de Santa Maria onde foram assassinados 241 jovens pela falta de cumprimento de normas de segurança por uma boate.

Deveria ter induzido um avanço mental nas autoridades municipais no País no sentido de não liberarem evento nenhum, nem mesmo o funcionamento de nenhum local publico, sem as devidas condições mínimas de segurança definidas por Norma.

Passada a crise do impacto dessa tragédia, logo tudo volta ao que era antes: o importante é ganhar dinheiro e as prefeituras  voltam a ser negligentes e omissas.

É triste verificar que foi necessária a intervenção do Poder Judiciário, mobilizado  pelo Ministério Público, para que o evento não ocorresse. Se assim não fosse, o evento teria ocorrido e todos os seus frequentadores estariam correndo sérios riscos de segurança.

Entrevistas com jovens  que ficaram impedidos de assistir ao evento demonstraram um grande descontentamento com a medida: onde já se viu? Vir de tão longe e não assistir a seus ídolos!

Em nenhum momento se preocuparam em saber o porquê e devem ter voltado para casa sem saberem que, potencialmente, tiveram a sua integridade física preservada. Quem sabe, a própria vida. É uma falta de noção das coisas que poderá ser explicada pela alienação provocada pelo baixo padrão do ensino.

Por isso está de parabéns o Ministério Público pela sua ação cidadã de defender os direitos difusos mesmos daqueles que estão alienados de sua própria condição.

Mas, e a prefeitura? Iria fechar o evento por falta de alvará? Ou iria ser conivente, por omissão dolosa, com a sua liberação?

A segunda sentença foi provocada pelas entidades de Defesa dos Animais, Projeto Murilo Pretinho e Focinhos, junto ao Tribunal de Justiça que proibiu o uso de sedéns e outros instrumentos de tortura animal no rodeio.

É claro que sem estarem submetidos à violência e à crueldade produzida pelos desvarios de pessoas cruéis, os animais são mansos e não pulam para diversão de alienados e psicopatas.

Esse tipo de empreendimento Ribeirão Preto dispensa. Estão de parabéns as ONGs Projeto Murilo Pretinho e Focinhos pela sua iniciativa bem sucedida.

Que esses empresários da tortura animal e dos eventos “decibélicos” tenham bons prejuízos e não voltem mais, porque o que a cidade precisa e deve acolher são os empresários sérios, que tragam progresso e desenvolvimento, inclusive culturais mas em locais adequados sem que as comunidades do entorno sejam obrigados a tentarem dormir com portas e janelas fechadas e com algodão nos ouvidos.

Esperemos que depois de toda esta vergonha pela qual a administração municipal está passando pela sua negligência na proteção dos frequentadores dos eventos “decibélicos” e incentivo à prática de tortura animal, possamos voltar a ver o Parque de Exposições fazer aquilo para o qual foi criado: Fazer Exposições! Trazer tecnologia de ponta para Ribeirão.

E que os empreendedores “decibélicos” façam os seus eventos no meio dos canaviais ou outro lugar qualquer que seja adequado e respeite o direito das comunidades do entorno a um descanso merecido. Podemos até sugerir no recinto da Agrishow.

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