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domingo, 2 de dezembro de 2012

A CAPACIDADE DE RIB PRETO ADMINISTRAR A CIDADE / APRESENTAÇÃO TEATRAL / INFORMES DA AVAAZ


A CAPACIDADE DE RIBEIRÃO PRETO ADMINISTRAR A CIDADE


Ribeirão Preto atravessou uma fase de grande efervescência da sociedade civil em planejar a cidade. Criou diversos Conselhos Municipais, deliberativos ou apenas consultivos, mas todos muito atuantes.
Era a sociedade civil discutindo a cidade sob o enfoque da cidadania e não na geração de negócios.
A atuação desses Conselhos Municipais começou a ser minada pela introdução de membros ligados à administração municipal e aos interesses corporativos e começaram a perder força quando se insurgiam contra os planos de governo.
Hoje chegamos ao absurdo de que todas as grandes avenidas projetadas e executadas para atender aos novos loteamentos – expansão imobiliária – não inclui ciclovias e são projetadas tendo como principal elemento de mobilidade urbana o carro particular.
Aumentando o numero de carros  em circulação, as vias não são capazes de garantir a vazão viária – existe um limite físico irreversível para cada via – gerando pontos de conflito (congestionamento). Como todo o projeto viário foi organizado para o carro particular, a mobilidade com segurança  de pedestres fica prejudicada porque se a sinalização tiver o pedestre como elemento principal no dimensionamento das travessias, o caos no transito será maior.
O estudo da mobilidade em Ribeirão Preto nunca teve uma visão ampla e desvinculada do sistema viário como solução exclusiva. Na verdade nunca houve um estudo sério de mobilidade urbana porque a cidade sempre foi considerada como uma cidade grande do interior e não como a sede de uma região metropolitana.
Se hoje, juridicamente, ainda não é uma região metropolitana, em breve o será e, neste caso, a cidade tem que estar preparada para isso.
Se a cidade nunca teve um estudo de mobilidade urbana que atenda de forma holística a população  da cidade, muito menos ela é estudada como sendo uma região metropolitana na qual é indispensável a integração com os sistemas das cidades vizinhas.
 Ficamos então meio chocados quando comparamos a cidade de Ribeirão Preto e a sua capacidade de Planejamento com outras cidades de mesmo porte e também centros de influência.
Vejamos dois exemplos:
Jornal A Cidade 15/11/2012
  
Só de ônibus  Passageiros aguardam para entrar no coletivo. Plano de Mobilidade aponta que a cidade não comporta metrô ou trem de superficie

“O Plano de Mobilidade Urbana, [..] não prevê metrô, trem de superfície e ônibus articulado (com duas carrocerias) para o transporte coletivo.[...] (porque) a cidade não comporta novos tipos de transporte coletivo.
O investimento para esse tipo de veiculo (metrô e trem) é alto e não se justifica, já que nós ainda não temos demanda para isso, [...]
Noticia publicada pelo jornal eletrônico do Sindicato dos engenheiros do Estado de S. Paulo (http://www.seesp.org.br/site/imprensa/noticias/item/3430-prefeitura-e-ipplan-apresentam-projeto-do-vlt.html) já apresenta uma versão um pouco mais dinâmica para a cidade de S. José dos Campos:
 
A Prefeitura de São José dos Campos e o Ipplan (Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento) apresentaram, no dia 26 último, o projeto do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) para dotar a cidade de um sistema rápido, seguro e moderno de transporte coletivo.
O projeto foi desenvolvido pelos técnicos do Ipplan nos últimos dois anos e encaminhado em agosto passado ao Ministério das Cidades para aprovação e inclusão na segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2). O sistema integra vários modos de transporte de massa e terá capacidade para atender 490 mil passageiros por dia.


O VLT poderá contar com recursos do orçamento do município obtidos por meio de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do governo federal. Se for incluído no PAC, o projeto poderá ser detalhado a partir do ano que vem e colocado em concorrência pública para que a primeira etapa seja implantada no prazo de quatro anos.

Concluído, o sistema terá 94 quilômetros de extensão, com oito linhas distribuídas de forma a atender toda a cidade e a demanda de passageiros prevista até 2030. O custo do projeto é estimado em R$ 1,1 bilhão. De acordo com o Ipplan, a ligação da zona sul com região central, percorrendo quase 25 quilômetros, deve ser a primeira linha a ser construída.

Duas posições absolutamente opostas entre duas cidades. Se em, Ribeirão Preto a demanda não justifica o investimento de um transporte coletivo de massa, rápido, seguro e eficiente como um metrô de superfície ou um VLT ou qualquer outro sistema que não seja o de ônibus padrão, então as duas cidades devem ser muito diferentes.

Vamos compará-las, com base nas informações obtidas na Wikipédia:

item
RIBEIRÃO PRETO
S. JOSÉ DOS CAMPOS
Área total do município (km²)
650,4
1.099,8
Area urbana   (km²)
127,3
94,1
Area Rural      (km²)
523,1
1 005,7
População
619.746
636.876

A área urbana de Ribeirão Preto é 35% maior que S. José dos Campos e a sua população 2,8% menor. No caso, são dois municípios praticamente iguais e, por consequência, os seus problemas urbanos devem ser semelhantes.
 Em S. José dos Campos o VLT é viável. Em Ribeirão Preto não.
 Talvez a principal diferença esteja na forma de abordagem dos problemas a serem resolvidos.
Duas perguntas também podem ser feitas:
1.           Por que é que um sistema coletivo de transporte, seguro, rápido e eficiente tem que ser viável economicamente? e
2.           A construção de viadutos para agilizarem o fluxo dos carros particulares que demandam zonas imobiliárias importantes podem ser feitos a fundo perdido e sem o reembolso através da contribuição de melhoria?
Devemos nos lembrar de que cidade desenvolvida não é aquela em que pobre anda de carro próprio mas sim aquela em que o rico também usa o transporte coletivo.
LENIO SEVERINO GARCIA
Eng Civil
Ex membro do COMDEMA e do COMUR

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                  Apresentação Teatral ''Aurora da Minha Vida''
 Olá amigos, boa tarde.
Repasso a vocês o convite abaixo, sobre a apresentação da peça '' Aurora da minha Vida'' que será encenada nesta terça feira na Capela da USP, além do texto ser muito bom teremos a oportunidade de ver em cena dois grandes amigos/irmãos, Zé Marcelino Bianca Correia (eles também são professores da Filô), acho que com este texto e este elenco irei aprender mais um pouco sobre educação e dar muitas gargalhadas, imperdível!!!
Um abraço, rei
 Apresentação teatral: "Aurora da Minha Vida" de Naum Alves de Souza
Local: Capela da USP, dia 4 de dezembro, terça feira, 20h.
Entrada gratuita.
 Você já ouviu falar sobre como era boa a escola de antigamente?
Pois venha conhecê-la ou relembrá-la na peça montada por um grupo de teatro amador da Filô-USP.
Venha se divertir e chorar com a freirinha, professora de canto, com o padre mestre, com a professora substituta, com a velha professora primária e com o rigoroso professor de matemática, ou a elegante professor de Francês. Ah, e tem também o diretor ‘bonzinho’ do primário e o ‘durão’ do ginásio.
Venha ainda se identificar com a aluna adiantada, com a ‘gorda’, que só apronta, com o ‘puxa-saco’, o órfão, as ‘gêmeas’, ou com o ‘quieto’, filho exemplar de pai militar e, finalmente, com o ‘bobo’, que tem um pouco de tudo aquilo que somos.
 Direção: Gracyela Gitirana (Ribeirão em Cena)

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Enooorme vitória - ONU reconhece a Palestina!!
 Há algumas horas, a maioria esmagadora da ONU votou o reconhecimento da Palestina como 194º Estado do mundo! É uma grande vitória para o povo palestino, para a paz e para a nossa comunidade! As pessoas de todo o mundo estão se unindo a enormes multidões na Palestina para comemorar.
A jornada do povo palestino para a liberdade está longe do fim. Mas este é um grande passo e nossa comunidade teve um papel fundamental nisso. Respondendo à votação, a embaixadora da Palestina para a Europa, disse:
"Avaaz e seus membros em todo o mundo desempenharam um papel fundamental ao persuadir os governos para apoiar a candidatura do povo palestino a um Estado e para a liberdade e a paz. Eles estiveram conosco durante todo o tempo e tal solidariedade e apoio serão lembrados e queridos em toda a Palestina." - Leila Shahid, Delegada Geral da Palestina para a Europa
Ação em Bruxelas: Enquanto os líderes da UE se reúnem, isso estava acontecendo do lado de fora
Ação em Madri: membros da Avaaz pedem que o Primeiro-ministro da Espanha diga SIM!
Os governos dos EUA e de Israel, em dívida com grupos pesados de lobby (sim, infelizmente, até mesmo Obama cedeu ao lobby), jogou tudo o que tinham para acabar com a votação, usando ameaças financeiras e até mesmo ameaçando derrubar o presidente palestino se ele fosse em frente. A Europa foi o voto decisivo. E por causa da intensa pressão dos EUA, há apenas duas semanas os líderes não apoiavam o Estado palestino. Conhecendo as apostas, a nossa comunidade respondeu com a velocidade e a força democrática que precisávamos para vencer:
Quase 1.8 milhão de nós assinaram a petição por um Estado palestino.
Milhares de nós doaram para financiar pesquisas de opinião pública em toda a Europa – mostrando que incríveis 79% dos europeus apoiavam a criação de um Estado palestino. Nossas pesquisas apareceram em toda a mídia, e foram repetidamente citadas em debates parlamentares no Reino Unido, Espanha e França!
Enviamos dezenas de milhares de e-mails, mensagens no Facebook e tweets para os líderes de toda a Europa e fizemos milhares de chamadas para os ministérios de assuntos estrangeiros e chefes de Estado.
Nós abrimos uma bandeira gigante do tamanho de um prédio de 4 andares do lado de fora da Comissão da UE em Bruxelas (à direita), enquanto os líderes estavam reunidos. Então, realizamos uma grande ação em Madrid. E anteriormente, navegamos com uma flotilha de navios em frente ao prédio das Nações Unidas pedindo pela votação. Nossas ações foram manchete em toda a Europa.
Colaboradores e membros da Avaaz se reuniuram com dezenas de ministros, assessores, jornalistas, parlamentares e líderes em cada um dos países-chave, em muitos casos se unindo para conquistar os líderes, um por um, por meio de reuniões, pressão, resoluções parlamentares e declarações públicas, sempre com base na onda de poder das pessoas por trás dessa causa.
Entramos em contato com líderes importantes como Stéphane Hessel, um sobrevivente dos campos de concentração nazistas de 94 anos de idade, e Ron Pundak, um israelense que desempenhou um papel fundamental no processo de paz de Oslo, para falar em favor de um Estado palestino.
Um por um, importantes Estados europeus romperam com os EUA para atender a um chamado por justiça e ao seu povo. Na contagem final da votação que acabou de acontecer, apenas 9 dos 193 países votaram contra! França, Espanha, Itália, Suécia e maior parte da Europa votou pela Palestina.
Os EUA e Israel argumentaram primeiro que um Estado palestino era perigoso para a paz, e então, quando foram derrotados, disseram que não importava e que a votação foi apenas simbólica. Mas se fosse apenas algo simbólico eles não teriam feito de tudo para tentar impedir a votação. E depois de anos de má-fé e conforto por parte de Israel com o status quo à medida em que eles constantemente colonizam mais terra palestina, este movimento mostra aos EUA e Israel que se eles não se envolverem com boa fé, os palestinos e o mundo estão preparados para seguir em frente sem eles. É uma forma mais equilibrada para as negociações de paz de verdade. E essa é a melhor alternativa para o tipo de violência que vimos o governo de Israel e o Hamas em Gaza oferecerem este mês.
Durante décadas, o povo palestino sofreu sob uma sufocante ditadura militar israelense, controles repressivos em suas viagens e trabalho, a negação contínua dos seus direitos e da ameaça constante de insegurança e violência. Há 65 anos, a ONU reconheceu o Estado de Israel, começando um caminho para o estabelecimento de um lar seguro para o povo judeu. Agora os palestinos dão um passo na mesma direção e ganham dignidade aos olhos da comunidade internacional, o que lhes foi negado por uma geração. E, com essa dignidade, poderemos construir os alicerces da paz.
Com esperança e alegria,
Ricken, Alice, Ari, Wissam, Allison, Sam, Julien, Pascal, Wen, Pedro, Saravanan, Emma, Ben, Dalia, Alexey, Paul, Marie, Aldine, Luca, Jamie, Morgan e toda a equipe da Avaaz.
PS.: Aqui estão algumas fontes (em inglês) – A Associated Press cobriu a vitória de ontem, o Guardian cobriu a nossa pesquisa de opinião há duas semanas, o Daily Briefing da Avaaz oferece um mapa do resultado da votação, e o Haaretz descreve a resposta de Israel.

MAIS INFORMAÇÕES:

ONU reconhece Palestina como Estado observador não membro (Folha de São Paulo)
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1193448-onu-reconhece-palestina-como-estado-observador-nao-membro.shtml
Assembleia-Geral da ONU reconhece Palestina como Estado observador (Estadão)
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,assembleia-geral-da-onu-reconhece-palestina-como-estado-observador-,967164,0.htm
ONU aprova Palestina como Estado observador (Público)
http://www.publico.pt/mundo/noticia/palestina-considerada-estado-observador-pela-onu#/0
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