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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Senador haitiano visita cidades brasileiras pedindo retirada das tropas e participa de Ato em SP (18/4 19h ALESP)

Senador haitiano visita
cidades brasileiras pedindo
retirada das tropasNo mesmo momento em que o governo do Acre decreta “emergência social” por causa da falta de condições para acolher os milhares de  haitianos que, fugindo da miséria, chegaram àquele Estado nos últimos anos, o senador haitiano Jean Charles Moise visita o Brasil para defender a retirada das tropas brasileiras que ocupam o seu país. A onda migratória de haitianos para o Brasil -- com entrada em nosso território pelo Acre -- cresce na proporção em que a ocupação do Haiti, por forças da ONU, não aponta nenhuma esperança ou melhoria, mas somente repressão e negação da soberania ao povo haitiano. A solução, na opinião do senador Moise, é o “respeito à dignidade do povo haitiano com a retirada das tropas”.
 Em giro pelo país, o senador Moise participa de atividades em Brasília, Juiz de Fora e São Paulo pela retirada das tropas da ONU, lideradas pelo Brasil. Moise atende a convite do Comitê “Defender o Haiti é Defender a Nós Mesmos”, que prepara a Conferência Continental em 1º de Junho no Haiti cuja bandeira central é a saída da MINUSTAH, que há quase nove anos ocupa o país.
 Em Juiz de Fora o senador Moise participou de Audiência Publica na Câmara de vereadores organizada pelo Vereador Roberto Cupolillo (PT) que reuniu mais de 150  pessoas. 


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Em Brasília dia 16 de abril (terça-feira) se reunirá com a Comissão de Relações Exteriores da Câmara Federal, presidida pelo deputado Nelson Pellegrino. Ainda na capital, em 17/4 será recebido no Senado pelos senadores Paim (PT/RS), Suplicy (PT/SP), Lídice da Mata (PSB/BA) e Ana Rita (PT/ES) . Nesta mesma noite participará de Ato Publico organizado pela CMS e CUT DF.

O senador Moise integrou delegação internacional que foi à ONU em outubro passado exigir a retirada das tropas. E foi quem aprovou no senado haitiano moção no mesmo sentido.

Em São Paulo, no dia 18 de abril (quinta-feira), a partir das 19 horas estará em  Ato que na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo com a presença do deputado estadual Adriano Diogo (PT/SP) e da deputada federal Luiza Erundina (PSB/SP) e da vereadora de São Paulo, Juliana Cardoso (PT/SP), além de representantes do SOS Racismo, CUT, MST, MNU - Movimento Negro Unificado - , Juventude Revolução, Jubileu Sul, Secretaria de Combate ao Racismo DM PT/SP, Corrente O Trabalho do PT, Consulta Popular, Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Sindsep, Sinpro ABC. Contatos
Barbara Corrales
Comitê “Defender o Haiti Defender a Nós Mesmos”
comitedefenderhaiti@uol.com.br 
O senador Jean Charles Moise iniciou sua militância na Associação dos Estudantes do Norte, em Cap-Haytien nos anos 80. Foi dirigente do movimento camponês em Milot, sua cidade natal. Lá foi eleito prefeito em 1995, reeleito, exerceu seu mandato até o golpe de estado de 29 de fevereiro de 2004. Com 400 outros prefeitos foi obrigado a abandonar seu cargo por sua identificação com Fanmi Lavallas, partido do presidente Aristide, deposto à força.

Lutou contra as forças paramilitares de Guy Phillpe em 2004 e foi perseguido.

Participou do governo Preval e foi eleito senador em 2007. Hoje é um dos principais opositores do presidente Martelly. No senado aprovou uma resolução pela retirada das tropas da Minustah do Haiti e na audiência na ONU em outubro passado foi portador da denuncia de milhares de famílias haitianas que exigem das Nações Unidas reparação para as vítimas do cólera.
 MINUSTAH NO HAITI >> A Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH) foi criada em 1º. de junho de 2004 pelo Conselho de Segurança da ONU quando o então presidente Bertrand Aristide, sequestrado e deposto por forças estadunidenses, foi obrigado a exilar-se na Africa;

Desde então o Brasil lidera as tropas, que hoje contam com 9.292 soldados e policiais de 49 paises;

648.394 milhões de dólares é a verba deste ano para a manutenção das tropas de ocupação Após 8 anos de ocupação, o Haiti segue sendo o país mais pobre das Américas: 70% de desemprego e salário médio de 3 dólares/dia;

O terremoto de 2010 matou mais de 300 mil e deixou um milhão de desabrigados; essa situação agravou-se ainda mais com a epidemia de cólera, doença trazida ao país pelo batalhão do Nepal, que já matou 8 mil e contaminou mais 700 mil haitianos. A ONU recusou qualquer reparação alegando que tem «imunidade» no país.

Responsável pela repressão ao movimento popular e sindical, a MINUSTAH é ainda acusada de atos de violência e violação de jovens e mulheres por todo o país.
A campanha pela retirada das tropas da ONU do Haiti defende a soberania da nação haitiana, pois cabe ao povo do Haiti decidir sobre seu futuro!
ENTRE EM CONTATO!
Participe da campanha:
http://retiradatropashaiti.blogspot.com.br/

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