30 de abril no Parque Permanente de Exposições – A INDÚSTRIA DO PUTZ!
Putz – aqui é empregado com o mesmo sentido no artigo de Arnaldo Jabor e que pode ser resumido na capacidade de meia dúzia de sem-noção serem explorados por empresários espertos que promovem eventos, com grave perturbação do sossego das comunidades do entorno e com o beneplácito do poder público.
Ribeirão Preto tem um Parque Permanente de Exposições onde não existe nenhuma exposição. Ou melhor: tem um Parque de Eventos administrado por uma empresa municipal onde, a troco de uma receita de merreca, só se expõe o que existe de mais ridículo da atualidade de uma juventude hebefrênica[i] explorada sem dó pelo showbusiness e para extrema felicidade dos empreendedores do narconegócio e patrocinada pela próspera industria do porre e agravada pelo pior dos comportamentos humanos: a diversão com animais sendo maltratados.
Porquê isso?
Porque no próximo dia 30 de Abril de 2013 teremos o inicio da nova temporada da perturbação pública de todo o entorno a esse Parque de Exposições com o
As diversas baladas e eventos sonoros que ocorrem no Parque Permanente de Exposições não rendem boas receitas para a Coderp. Então, porque é permitido o uso de um Parque Municipal de Exposições onde não existem exposições mas apenas negócios que perturbam o sossego das comunidades residentes no entorno?
Além da perturbação causada às comunidades do entorno, ainda temos o incentivo com cunho oficial de que maltratar animais é arte, esporte e cultura. Ir assistir a marmanjo[i] cair de um bicho que está sendo fustigado, maltratado por instrumentos que lhes causam sofrimentos e dentre eles citamos em primeiro plano, o sedém, que como a própria definição revela, é um ‘cilício’ de cerdas ásperas e mortificadoras. O sedém é aplicado e muito apertado na região genital, bastante sensível por razões óbvias. No caso dos bovinos, o sedém passa sobre o pênis e, nos cavalos, pelo menos compromete a porção mais anterior do prepúcio.. Ter prazer em assistir a este tipo de espetáculo é de muito mau gosto ou é uma perversão.
Leia mais nos endereços abaixo:
Sabemos que podemos ser acusados de estarmos querendo acabar com uma tradição cultural, na opinião de certos setores econômicos ligados a essa aberração mas a nossa resposta é simples: primeiro, rodeio não é tradição no Brasil mas apenas tem sido importada dos Estados Unidos que não são um bom exemplo para o mundo. Segundo, outras “tradições culturais” já foram erradicas do Brasil como a escravidão, o colonialismo, os senhores de engenho além do próprio Império e muitos outros.
No encaminhamento da LDO para a Câmara Municipal saiu assim publicado mo Jornal A Cidade de 19-04-2013:
“A estratégia de Dárcy é fortalecer a marca de Ribeirão ao investir R$ 3,5 milhões na ampliação do parque permanente de exposições. Isso porque muitos eventos são realizados no local e atraem turistas de vários estados, como os carnavais fora de época.”
E vai ampliar o Parque para onde? Só se for desapropriar e nesse caso quantas famílias vão ser expulsas de suas casas para garantir bons negócios para terceiros?
Onde está o Estudo de Impacto de Vizinhança para essa ampliação? Uma expansão dessas produz um aumento da demanda e, por consequência, incômodos diversos à vizinhança dos acessos ao Parque.
O texto sugere que esse “pequeno detalhe” não faz parte dos planos da prefeitura que parece não ter muito interesse em cumprir com a legislação para atender aos interesses econômicos. Exatamente como fez com o Cidade Limpa esquecido durante a Agrishow para atender aos interesses de anunciantes nessa feira. Ou então, simplesmente muda a lei, e pronto!
No fundo, a prefeitura está vendendo o sossego publico para que certos tipos de empreendimentos possam tirar lucro. Ribeirão Preto está sendo vendido. Para a cidade, a insônia e o mau dormir, para a prefeitura receitas de merreca mas para os empreendedores bastante lucro. Tanto para os empreendedores diretos quanto para os oportunistas.
E o que é que o Movimento Pro Cidadania e Moradia
tem a ver com isso?
Porque é que todos esses eventos “decibélicos” não são feitos em local mais apropriado, longe de áreas densamente habitadas como é o entorno do Parque? Ou então. porque é que não são feitos, por exemplo, na Av. João Fiuza ou em outro lugar nobre?
Porque o entorno do Parque é habitado por pobre. Lá não moram políticos nem juízes nem promotores nem mesmo a classe média alta. No Splash Park alguns eventos semelhantes ocorreram e que perturbaram os moradores nobres. Resultado: foi fechado!
Para atender às legitimas reclamações das vizinhanças nobres, simplesmente se transferem esse eventos para o Parque de Exposições transformado em Parque de Putz. Afinal só tem pobre em volta. Quem se importa?
Embora seja proibido perturbar o sossego publico, constituindo contravenção penal e crime ambiental no caso dos eventos ocorridos no Parque (que deveria ser de Exposições mas não é) mas que pode ser “tolerado” quando se refere ao sossego dos pobres.
Quando toda uma comunidade de mais de 80.000 pessoas tem o seu sossego e descanso perturbado por eventos que beneficiam aqueles interesses econômicos citados no inicio para atender ao “entretenimento” de milhares de idiotas movidos a canabis e outras cositas, pulando feito jumentos com buscapés nos rabos, ao som de uma cacofonia infernal , só porque são pobres, nada nem ninguém consegue impedir esse atentado contra a cidadania, nem mesmo o Ministério Público com laudos sonoros elaborados pela CETESB.
E se esses eventos ocorrem esporadicamente ao longo de todo o ano, sem dó nem piedade para com os pobres que têm que tentar dormir com algodão nos ouvidos, agora a prefeitura tem como meta transformar essa cacofonia como Marca da Cidade, afirmando aos empresários do setor, incluindo os outros que não perdem também essas oportunidades, que podem vir para cá para ganharem os tufos da grana, sem precisarem de dar nada em troca.
Existe uma leizinha municipal que obriga os empreendedores desse tipo de evento a fazer, entre outras coisas, a compensação das emissões de carbono provocadas pelo evento através do plantio de arvores.
Alguém sabe se essas compensações têm sido feitas? Onde foram feitos os plantios?
O que fazer então?
Existem outros motivos para gerar a indignação das forças vivas e não conformadas desta cidade com relação ao uso inadequado que está sendo dado ao Parque Permanente de Exposições: Onde estão as Exposições Permanentes? Só a Agrishow é exposição para Ribeirão Preto?
Não seria obrigação da administração municipal dar ao Parque de Exposições a sua função especifica, gerando muito mais negócios, empregos e renda?
Alguma coisa está errada em tudo isso. Ninguém consegue fazer o Parque de Exposições parar de promover eventos que apenas perturbam a cidade, sem nenhuma renda especifica a não ser a dos seus promotores que embolsam a renda e que não deixam nada aqui, a não ser bêbados dirigindo na saída, despesas no pronto socorro para curar ressacas, vômitos e pinos espalhados por todo o lado.
Está na hora de exigirmos que a legislação e a cidadania sejam respeitadas nesta cidade. Através do judiciário se necessário. Talvez uma boa investigação sobre os bastidores de organização desses eventos possa revelar “causos” interessantes.
E que a administração municipal assuma as suas responsabilidades não permitindo desvirtuamentos da função do Parque Permanente de Exposições, ou seja, promova EXPOSIÇÕES!
E, para terminar, se é proibido perturbar o sossego público, basta proibir que esses tipos de eventos possam ser realizados no Parque, que deveria ser Permanente de Exposições. Existem os laudos técnicos e não existe o cumprimento das exigências de isolamento acústico do local, obrigatório por lei mas impossível de se aplicado no Parque. É simples assim
[i] Antes que sejamos atacados por injuria contra os peões de rodeio, informamos que no dicionário consta que marmanjo é homem adulto; moço corpulento; rapagão.
[i] hebefrênia. 1. Psiq. Forma de esquizofrenia observada, em geral, em adolescente, e que se caracteriza por distúrbios da afetividade, regressão e hipocondria.
Convite Defesa Dissertação
RESUMO
RODRIGUES, Evaniza Lopes. A Estratégia Fundiária dos movimentos populares na produção autogestionária da moradia. 2013. 229 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.
Os movimentos populares de luta por moradia, que defendem a proposta autogestionária, atuam no Brasil desde a década de 80, e são protagonistas da recente construção legal e institucional da política urbana e habitacional brasileira. Os programas Crédito Solidário e Minha Casa Minha Vida Entidades, frutos de uma trajetória de mobilização e pressão desses movimentos, reconhecem a atuação de entidades sociais, cooperativas e movimentos populares como agentes promotores de empreendimentos habitacionais, com recursos públicos federais.
O acesso à terra urbanizada e bem localizada para a habitação popular tem estado na pauta dos movimentos de reforma urbana que para isso têm desenvolvido ações diretas, como ocupações e mobilizações públicas, iniciativas legislativas e ações institucionais, como a participação em conselhos de políticas públicas. Entretanto o conjunto de instrumentos colocados à disposição da sociedade para regular o uso do território ainda não foram efetivamente implantados. Assim, a ausência de política fundiária, em nível local e nacional aliada à abundância de recursos públicos e privados disponíveis para o setor da construção civil e a financeirização da produção da moradia e da cidade fazem com que a busca por áreas disponíveis para a produção habitacional de interesse social seja cada vez mais d ifícil. Tal tarefa se torna ainda mais árdua para os movimentos sociais. O Programa Minha Casa Minha Vida consagra um modelo de produção habitacional calcada em um modelo único de acesso, através da aquisição, ainda que com subsídios expressivos, da propriedade individual da casa, que se torna, imediatamente, produto de mercado, com um aparato normativo adequado a esse objetivo. Configura-se assim um conflito entre a proposta de política habitacional autogestionária formulada no âmbito dos movimentos e as condições estabelecidas pelas políticas de habitação e solo urbano. O enfrentamento deste conflito se constitui hoje em campo fundamental de atuação dos movimentos.
Palavras-chave: 1. Habitação popular 2. Solo urbano 3. Movimentos sociais urbanos
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Dárcy incha folha de pagamento em R$ 40 milhões
Projeto da Prefeitura prevê gastos de R$ 3,3 milhões/mês em novos cargos e funções
25/04/2013 - 23:57
Jornal A Cidade - Wesley Alcântara
Com o Palácio Rio Branco ao fundo, Jamil Albuquerque, diz que milhões a mais não vão afetar as finanças da Prefeitura (Foto: 12.mar.2013 - Weber Sian / A Cidade)Depois de determinar economia até no cafezinho, há pouco mais de 10 dias, a prefeita Dárcy Vera (PSD) enviou projeto de lei para a Câmara que cria novos cargos e ajusta funções em diversas secretarias no Executivo.
O impacto financeiro previsto será de R$ 39,6 milhões no ano para a prefeitura. A mudança também atinge o Daerp, que terá despesa extra de R$ 3,2 milhões por ano.
A matéria deixou em dúvida até os governistas, que buscaram apoio da oposição para adiar a votação na sessão desta quinta-feira (25).
A manobra acertada com a Comissão de Legislação e Justiça foi adiar a discussão do projeto, que ficou sem parecer.
O A Cidade apurou que a estratégia para “emperrar” o projeto do Executivo teria sido arquitetado em uma reunião na sala do presidente do Legislativo, Cícero Gomes (PMDB), na última terça-feira.
O líder do governo na Câmara, vereador Capela Novas (PPS), confirma que existem dúvidas em relação ao projeto do Executivo. “É uma matéria complexa que atinge quase todas as secretarias. Os vereadores precisam de uma explicação mais detalhada.”
Nem mesmo Capela soube precisar o número correto de cargos a serem criados ou readequados.
Já o presidente da Comissão de Finanças, Genivaldo Gomes (PSD), afirma que é necessário, de fato, de uma discussão melhor sobre o mérito do projeto. “É preciso saber qual será o impacto dos R$ 39,6 milhões dentro da despesa total com pessoal”, disse. Segundo ele, só haverá parecer em Finanças quando receber houver manifestação da Comissão de Justiça.
Outro lado
Sobre a decisão da Câmara em não votar o projeto na sessão desta quinta, o secretário de Governo, Jamil Albuquerque, afirma que já tinha o conhecimento desta decisão. “Vamos fazer uma reunião até segunda-feira com os vereadores da base para tirar todas as dúvidas em relação ao projeto”, disse.
Segundo Jamil, o impacto financeiro com a criação de cargos e adequações de funções não representa qualquer risco para as finanças da administração.
“A despesa não vai exceder o limite prudencial, de até 48% ou 49%, fixado pela Lei de Responsabilidade Fiscal com gastos com pessoal. Tudo foi bem estudado.”
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