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Quinta feira, 16 de junho de 2011.
Fórum discute desafios para Ribeirão
Grupos se reúnem entre sexta e domingo para discutir problemas e soluções para população do município
Wesley Alcântara
Um grupo de 32 entidades de classe se reúnem no Fórum Social de Ribeirão Preto, de sexta até domingo, quando a cidade completa 155 anos, para debater e discutir soluções para os problemas que atingem diretamente a população. São questões que envolvem saúde, educação, urbanismo, meio ambiente e democracia participativa.
O movimento Pró-Ribeirão, com a participação de entidades sindicatos e ONGs (organizações não-governamentais, propõe elaborar ao final dos debates um dossiê com prioridades. O documento será entregue para a prefeita Dárcy Vera (DEM).
Pela programação, os grupos começam as discussões por temas de interesse social neste sábado, em dois horários diferentes.
A coordenadora do Pontão de Cultura de Ribeirão Preto, Luciana Rodrigues , afirma que somente com a mobilização da sociedade será possível cobrar soluções. "A busca de uma nova Ribeirão é possível, necessária e urgente", completa.
Luciana afirma que, embora Ribeirão tenha avançado no setor cultural na gestão de Dárcy, ainda há muito para se fazer. "O recurso destinado à cultura é muito baixo. Representa menos de 1% de todo o orçamento do município. A nossa reivindicação é para dobrar o valor. Entretanto, é uma discussão que envolve outros poderes, como a Câmara", diz.
Apartheid
Apartheid
Para o fundador do Centro Cultural Orùnmilá, Paulo Cesar Pereira de Oliveira , Ribeirão precisa de uma alternativa ao apartheid socioeconômico.
"Basta andar pelos quatro cantos da cidade. As condições de moradia e de educação são diferentes para quem mora na zona Norte e na zona Sul. O contraste é muito grande."
Oliveira afirma que as políticas públicas de igualdade racial sofreram um retrocesso. Ele cita como um dos exemplos o Comitê Técnico da Saúde da População Negra, que ainda não funciona na atual administração municipal.
Na área educacional, ele diz que a Secretaria da Educação de ribeirão descumpre exigência do governo federal, em vigência desde 2003, de incluir a cultura negra como disciplina.
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