Sábado, 07 de Julho de 2012
Sobram 106 casas populares em Ribeirão Preto
Prefeitura vai definir moradores das unidades vazias na quarta-feira; entrega pode ser feita antes do pleito
Marcelo Fontes
A Prefeitura de Ribeirão Preto vai definir os moradores das 106 casas populares destinadas a projetos de desfavelamento que sobraram no Conjunto Habitacional Paulo Gomes Romeo, na zona Oeste, durante o período eleitoral. Os contemplados serão escolhidos em reunião na próxima quarta-feira (11), em reunião extraordinária do Conselho de Moradia Popular.
A entrega, que ainda não está marcada, também pode ser feita durante as eleições - a primeira está marcada para o dia 7 de outubro.
De acordo com o secretário da Casa Civil, Luchesi Júnior, o congelamento feito em 2007 para o desfavelamento da região do aeroporto Leite Lopes não foi suficiente para ocupar os 692 imóveis construídos pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano).
De acordo com o secretário da Casa Civil, Luchesi Júnior, o congelamento feito em 2007 para o desfavelamento da região do aeroporto Leite Lopes não foi suficiente para ocupar os 692 imóveis construídos pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano).
Na lista inicial constavam 985 famílias, mas muitas não puderam ser contempladas porque não atenderam aos requisitos exigidos pelos programas estadual e federal de moradia. Com isso, foram transferidas 586 famílias (59,5% do total).
"A reunião de quarta é justamente para definir as famílias que serão transferidas", ratifica Luchesi, que também integra a Comissão Municipal de Desfavelamento.
O secretário, entretanto, admite que as famílias já poderiam estar nos imóveis. "A CDHU ainda está fazendo pequenos ajustes nas casas, mas a prefeitura poderia ter pedido mais celeridade no processo se já tivesse com os nomes em mãos", explica Luchesi Junior.
Filiado ao partido da prefeita Dárcy Vera (PSD), que tenta a reeleição, Luchesi diz não ver problema em definir as famílias que vão para o Paulo Gomes Romeo junto com o processo eleitoral.
"São coisas separadas. O Conselho de Moradia, que não é administrado pela prefeitura, é quem vai apontar os nomes escolhidos", explicou. O órgão é presidido pelo presidente da Cohab-RP (Companha Habitacional de Ribeirão Preto), Silvio Martins (PMDB), correligionário do vice-prefeito de Dárcy, Marinho Sampaio.
Até a data da eleição, porém, nenhum candidato pode participar da entrega de casas populares.
Conselho
Martins garante que o trabalho para escolher as famílias que vão para o Paulo Gomes Romeo está sendo desenvolvido com rapidez. "A tendência é que outras favelas da região do aeroporto [que não estavam no congelamento] sejam contempladas", adianta.
POLÍTICA
Na abertura do encontro
com manifestantes ontem, o
secretário de Governo, Jamil Albuquerque,
fez questão de
apontar alguns integrantes dos
grupos presentes, para dar a
entender que o movimento
era apenas político. Apontou,
por exemplo, o candidato a
prefeito pelo Psol, a quem chamou
de “Edmilson Raveri”.
Também disse que a advogada
Raquel Benczik Montero é ligada
ao candidato a prefeito petista
João Gandini. Emilson
não disse nada, mas Raquel
desmentiu o secretário sobre
sua ligação com o PT.
DÁRCY PAZ
E AMOR
Também a prefeita Dárcy Vera
(PSD) demonstrou desconfiar
de atitudes com fins eleitorais
dos movimentos. “Estamos
abertos para conversar,
desde que o movimento seja legítimo,
não político”, disse a
prefeita. Ela também perguntou
se o movimento era o “Panelaço
do Bem” e indagou se
estavam dispostos a ajudar a cidade
e não a grupos políticos.
Ocorreram, claro, reações.
É O PERÍODO
Caso os integrantes do Executivo
não saibam, terão eles que
conviver sim com posições
contrárias em períodos eleitorais.
E precisarão explicar atos
e ações do governo. Faz parte
do jogo democrático e da administração
que é pública, embora
alguns ainda se esqueçam
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