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terça-feira, 22 de outubro de 2013

CATEDRAL: PATRIMÔNIO EM RISCO*

CATEDRAL: PATRIMÔNIO EM RISCO*

Jorge de Azevedo Pires*


Como manchete do jornal “A CIDADE” de 18/10 lemos: “Transerp descarta construir Calçadão em frente à Catedral”.  

Sabendo-se se tratar de importante bem cultural tombado, mais complexas se tornam as escolhas das iniciativas mais adequadas à problemática a ser encarada, agravada devido as suas diferentes causas. Impossível é chegarmos a conclusões simplistas e imediatas sem maiores estudos e cuidados. 

A hipótese de se transformar a quadra em frente à Catedral em calçadão não pode ser desprezada, em conjunto a outras medidas que deverão ser adotadas.

Para minha surpresa, ainda lemos que “De acordo com a Transerp, o plano de fazer um terminal (de ônibus – Estação Catedral) na Praça das Bandeiras (em frente à Catedral) também esta mantido”.  Isso se for feito, a meu ver será uma verdadeira aberração urbanística, da qual a Praça Carlos Gomes, felizmente se livrou!  Não posso acreditar que: “Segundo o contrato de concessão do transporte coletivo, o terminal deveria começar a ser construído em dezembro de 2013 e vai custar R$1,2 milhão”.  Se hoje há 17 linhas de ônibus passando pelo local, no futuro mais serão, certamente agravando o problema.

Importante que se faça um estudo criterioso para o remanejamento das linhas, o que não deve ser difícil.

Por que não tornar de utilidade pública para desapropriação e construção do Terminal Urbano Central de Transporte Coletivo,o terreno onde se situavam os escritórios da CPFL, na Rua Mariana Junqueira entre as Ruas Álvares Cabral e Tibiriçá? Para que nele possamos, ainda, construir um estacionamento/garagem vertical com vários pavimentos – em forma de uma PPP - Parceria Público Privada.

Certamente, estaríamos assim contribuindo para amenizar os crescentes problemas de estacionamento na área urbana central.

Não é mais abrangente e apropriada esta proposta em relação a atualmente definida? Quais objeções poderão existir? Saiamos da mediocridade! Pensemos grande! Será que Ribeirão Preto, ou nós não merecemos?

*Jorge de Azevedo Pires é professor voltado as questões de urbanismo, bem comum, e autor do livro “Pensando Ribeirão Preto – ontem, hoje e amanhã” - 2011.

Ribeirão Preto, 18/10/2013.

* Obs.: Artigo veiculado pelo jornal “A CIDADE”, coluna DO LEITOR em 22/10/2013, com o título “Catedral e terminal”.


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